Monday, January 10, 2011

Os bons e os maus

Aprendemos desde crianças a distinguir os bons e os maus. Na escola há os bem comportados e os mal comportados. Em casa os pais dizem que "aquela é boa senhora" mas não devemos falar com "a outra vizinha que é má pessoa". Nos filmes os bons e os maus estão sempre bem caracterizados para que seja óbvia a distinção. E seguimos pela vida fora, com o saco branco numa mão e o saco preto na outra, para separar as pessoas que vamos encontrando pelo caminho. Até que chega um ponto em que ficamos confusos. Esta pessoa parece-me cinzenta, e agora? Vou colocá-la no saco branco um bocadinho, mas se não se porta bem salta já para o preto. Outras vezes discordamos da opinião de uma pessoa que consideramos boa ao classificar uma terceira. Ou ela não está a ver bem, ou não é tão boa quanto pensei. E quando as pessoas boas nos magoam? É uma chatice, porque estávamos desprotegidos e assim dói mais. E agora? Ficam no mesmo saco? Que confusão. E quando as más tentam fazer-se de boas? A ver se mudam de saco, as grandes aldrabonas, pensam que enganam alguém. Outra vez? Mais uma pessoa má que foi simpática. Ficamos mais confusos ainda. Será que o sistema não está a funcionar bem? Estas pessoas parecem tão inconstantes, agora boas, agora más. Já nem parece preto nem branco. Aquela parece azul. E aquela vermelha. Vejo ali um amarelo e um verde. E rosa? Rosa é bom? Deve ser. E aquele preto afinal era um castanho. O branco afinal era pérola... bem amarelado. Mas que salgalhada de cores que aqui vai. Os senhores dos filmes não me prepararam para isto. Devem ser maus... ou azuis às riscas roxas!

Castelos de areia

Trapalhão... estragaste o castelo. Estava a ficar bonito, até mais que os outros. Tens que ter cuidado, estes castelos são habitados. Não chores, há água salgada suficiente no mar. Pega a pá e o balde e recomeça. Despacha-te que já está a ficar escuro.