Monday, November 22, 2010

Open-minded

Está na moda ter uma mente aberta. Toda gente quer mostrar que tem uma mente aberta, mas para a maioria ter uma mente aberta consiste em experimentar coisas novas, explorar o que se desconhece para ver o que mais agrada. Na realidade isso é apenas ser curioso. Mente aberta implica saber aceitar o que não nos agrada, tolerar o que não compreendemos, conviver com o que não concordamos.



Tuesday, November 9, 2010

O senhor do Tractor

Era uma vez... uma terra distante onde as pessoas plantavam a sua comida, tratavam da sua própria roupa e viviam sem grandes preocupações. Cada pessoa cultivava um pouco do terreno em sua volta e todos eram felizes pois tinham o seu próprio sustento. Um dia um senhor inventou um tractor e cultivou a terra toda sozinho.

Alternativa 1: Agora que cultivar era mais fácil, produzia-se mais comida com menos trabalho, e as pessoas ficaram ainda mais felizes pois tinham mais tempo para dedicar à vida.

Alternativa 2: O senhor do Tractor achou que seria injusto partilhar com o resto da população aquilo que cultivou sozinho e decidiu ficar com tudo para ele. O senhor do Combustível reclamou então uma parte dos produtos ao senhor do Tractor em troca do combustível. Como a terra já tinha sido toda cultivada, as pessoas não tinham onde plantar e então tentaram roubar ao senhor do tractor. Este para se proteger, contratou o senhor da Segurança para guardar as terras, dando-lhe em troca também uma parte do seu cultivo. Para sobreviver as pessoas começaram a oferecer serviços ao senhor do Tractor em troca da comida. O senhor da Moda ofereceu-lhe roupas novas, o senhor das Casas ofereceu-lhe um abrigo maior, o senhor dos Remédios ofereceu-se para lhe tratar as maleitas e por aí fora. Rapidamente começaram a competir para convencer o senhor do Tractor que os seus serviços eram os mais importantes e todos eles indispensáveis. Chegaram mesmo a trocar serviços entre si. No meio de tanta confusão o senhor Governador foi escolhido para organizar e garantir o bom funcionamento dos serviços, recebendo em compensação uma parcela de todos eles. Algumas pessoas não tinham serviços para oferecer e ficaram sem comida, então insistiam em roubar ao senhor do Tractor. Farto da situação, o senhor da Segurança prendeu-as todas num abrigo e contratou o senhor Cozinheiro e o senhor da Limpeza para tratar delas. Assim não passavam fome e ao menos estavam quietas. Com o passar do tempo o senhor do Tractor gozava cada vez mais dos serviços que lhes eram prestados e armazenava menos comida. Com receio de não poder trocar mais comida pelos seus novos vícios, foi trocando por partes do terreno. O senhor Governador logo ordenou que este terreno fosse aproveitado por toda a população para criação dos seus produtos e serviços. Tudo isto gerava uma quantidade enorme de lixo, então o senhor do Tractor teve que abdicar de mais uma grande parte do terreno para se guardar o lixo. Com um terreno agora pequeno, o senhor do Tractor produzia menos comida, mas ainda dava para se alimentar e ter alguns gastos. O senhor Governador logo se apercebeu que nesta terra agora havia menos comida, e logo arranjou o senhor Professor para ensinar novas profissões à população. Com novas profissões haveria mais serviços para trocar por comida. O senhor professor ensinou as novas gerações, e geração após geração as profissões foram passando de pais para filhos. Ao actual senhor do Tractor, descendente do primeiro senhor do Tractor, restava agora apenas um pequeno pedaço de terra para cultivar. Havia fome na terra à já vários anos, embora alguns tivessem mais comida que outros, aos poucos tudo foi escasseando. No meio de toda a miséria o senhor Louco disse à população que teria que haver uma Alternativa, talvez tudo isto fosse desnecessário. Todos trataram de ridicularizar o senhor Louco dizendo que é uma loucura acabar com tudo, pois todo o sistema desmoronar-se-ia e haveria mais miséria. Toda gente sabe que a terra precisa é de mais produtos para gerar mais riqueza.

One in a million

Being one in a million makes me feel so insignificant yet so unique.